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Denúncia entregue: Temer sob pressão



O subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, recebeu às 16h05 de ontem um envelope pardo entregue em mãos pelo primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Fernando Giacobo. Cercado por câmeras, o deputado sorria. A baixa hierarquia disfarça a gravidade: era o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, informando ao presidente da República, Michel Temer, que ele fora denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria Geral da República. E que a Câmara analisará se permite o curso do processo. Àquela altura, todo um rito já fora seguido. A denúncia do MPF, lida em plenário e protocolada na Comissão de Constituição e Justiça. Há um prazo que se inicia: Temer tem dez sessões para se defender. E a primeira decisão realmente importante cabe a Rodrigo Pacheco, o deputado que preside a CCJ: quem será o relator da denúncia. O relator deve apresentar seu voto, o primeiro voto, cinco dias após a entrega da defesa formal. (Globo)

Sem pudores, informa a Coluna do Estadão, o governo já deu a Pacheco o direito de indicar o presidente de Furnas.

O Planalto tem motivos para preocupação. De acordo com o Painel, há defecções na CCJ — inclusive do próprio PMDB. E, mesmo que essa denúncia seja estancada, Janot tem na manga outras duas contra o presidente. Para cada uma, o governo terá de fazer nova negociação. (Folha)

E o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, indicou aos principais caciques de seu partido que não atuará para blindar ou salvar Temer. Maia é favorito numa eleição indireta. (Globo)

Por: Meio