Geddel, homem da confiança de Temer, preso
O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso ontem à tarde, na Bahia, por ordem do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília. Dois elementos contaram mais para a ordem. Em primeiro lugar, as constantes mensagens de WhatsApp enviadas por Geddel para Raquel Funaro, mulher do doleiro delator Lúcio Funaro. O ex-ministro tentou evitar a delação até o fim, numa tentativa de interferir nos rumos da Justiça. Contou também a acusação, por parte de Funaro, de ter enviado a Geddel R$ 20 milhões vindos de fraudes na Caixa Econômica Federal. Este dinheiro não apareceu ainda e, para evitar que suma de vez, o juiz considerou necessário prender o político. Geddel era do núcleo duro do Planalto, um dos homens mais leais a Temer. Quando caiu Marcelo Calero, que era ministro da Cultura, saiu acusando Geddel de pressioná-lo para liberar no Patrimônio Histórico a construção de um prédio em Salvador. A ordem do juiz foi ampla: além da prisão, pediu que a PF forçasse a entrada arrombando portas e cofres, caso houvesse resistência. Mandou apreender celulares e computadores, também. (Estadão)
Kennedy Alencar: “Geddel deverá ser usado pelo Ministério Público para tentar estabelecer uma conexão com Temer a fim de acusar o presidente de obstrução de Justiça.”
Mesmo já afastado do ministério, Geddel seguia indicando políticos para cargos e demonstrando poder. Um caso é o do atual ocupante da Superintendência de Patrimônio Público na Bahia, responsável por liberar ou não obras. Havia uma briga dentro do Congresso por esta indicação. DEM e PTB baianos queriam, mas mesmo longe do Planalto Geddel os venceu. O Poder360 detalha esta história de fisiologismo no Congresso.
Do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero: “Sonho com um país em que os honestos possam dar sua contribuição e os desonestos respondam por seus atos”. (Folha)
Por: Meio
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