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Temer na luta voto a voto



O presidente Michel Temer passou o dia recebendo deputados em seu gabinete — das 8h11 da manhã e pelas 15 horas seguintes. Fará o mesmo hoje. Na maratona do varejo, tenta convencê-los a votar contra o recebimento da denúncia instaurada contra ele. Enquanto isso, na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado carioca Sérgio Zveiter foi escolhido relator. É ele quem dará o primeiríssimo voto, na Câmara, a respeito da denúncia. Zveiter é do PMDB. A palavra que mais se ouviu no Congresso para descrevê-lo, ontem, foi “independente”. Leia-se: é do PMDB mas não é de um grupo ligado ao Planalto. Zveiter é mais próximo de Rodrigo Maia, presidente da Casa. E o mais provável sucessor de Temer. (Folha)

Zveiter foi entrevistado pela Folha: “Eu sou amigo do Rodrigo Maia há muitos anos, até antes da política. Sou amigo dele independente da política, mas nesse episódio ele não falou nada comigo.”

Maia passou a manhã no Supremo explicando à presidente da Corte, Cármen Lúcia, como será o rito na Câmara. É ela, durante o recesso do STF, quem tomará decisões caso alguma das partes decida questionar um ponto. Pelo cronograma do momento, a CCJ decide até o dia 12 e, o plenário vota no dia 17. É uma segunda-feira, daqui a duas semanas. (Globo)

No placar da CCJ: 15 votarão a favor da denúncia. 6, contra. 45 não se posicionaram — números do Estadão. Na enquete do Globo, são 17 a favor e 5 pró-Temer, 44 sem posicionamento.

No plenário, O Globo encontrou 142 deputados dispostos a votar pela denúncia. Na edição de sexta-feira, o mesmo jornal havia encontrado 121.

Se vencer no plenário da Câmara, Temer sobrevive para enfrentar outra batalha. Se perder, os 11 ministros do Supremo estão autorizados a avaliar se abrem o processo. Caso o abram, o presidente da República se torna réu e é afastado do cargo por até 180 dias enquanto ocorre o julgamento. Neste período, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, preside interinamente.

Aliás... Gilmar Mendes, quem diria, arranjou tempo para mais uma conversa com o presidente Michel Temer. E, novamente, a conversa não foi registrada na agenda oficial do Planalto. O ministro garante que discutiram a implementação do sistema de biometria nas urnas eletrônicas de 2018. Nada a ver com qualquer decisão que o Supremo esteja por tomar.

Por: Meio