Nova cepa do coronavírus pode tomar o país em um mês
Em cerca de um mês a nova variante do Sars-Cov-2 surgida em Manaus, mais transmissível, pode ser o tipo dominante em todo o país, alerta o infectologista Marcus Lacerda, da Fiocruz-AM. Muito afetada no início da pandemia, a capital amazonense viveu, com o surgimento da nova cepa e sua rápida expansão, uma “segunda primeira onda”, que levou ao colapso o sistema de saúde local. (Globo)
Em entrevista, o médico e ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta previu uma “megaepidemia” em 60 dias com a expansão da variante. (Globo)
Painel: “Recém-nomeado assessor especial do Ministério da Saúde, o general da reserva Ridauto Fernandes disse nesta quinta que Manaus tem quase 600 pacientes de Covid-19 na fila de atendimento e que, caso evoluam para quadros graves, ‘vão morrer na rua’. Fernandes enfatiza que o gargalo está na falta de oxigênio.” (Folha)
Ontem, o Brasil teve o terceiro maior número de mortos em 24 horas desde o início da pandemia: 1.439. Os recordes anteriores foram em 29 de julho (1.554) e 4 de junho (1.470).
E o Brasil foi apontado por um estudo elaborado na Austrália como o pior país na gestão da pandemia, entre 98 nações pesquisadas. A Nova Zelândia foi a melhor.
Correndo contra o tempo, pesquisadores da UFRJ esperam aval da Anvisa para testar em humanos um soro contra a Covid-19 produzido a partir de plasma de cavalos. Se tudo der certo, o remédio pode chegar aos pacientes até a metade do ano. (Estadão)
Depois da má repercussão da ameaça de exportar 54 milhões de doses da CoronaVac caso o Ministério da Saúde não antecipasse a compra, o Instituto Butantan mudou o discurso. Segundo Dimas Covas, diretor da instituição, o lote está “reservado para o Brasil” e poderá ser negociado diretamente com estados e municípios, caso o Ministério da Saúde não confirme logo a compra.
O ministério também respondeu à consulta do governo de São Paulo sobre o adiamento da segunda dose das vacinas. Segundo a pasta, os estados devem dar a segunda dose ao grupo prioritário.
E o Rio de Janeiro vive uma situação que beira o surrealismo. Doses da vacina de Oxford/AstraZeneca estariam sendo descartadas por falta de público. Uma vez aberto, o frasco de dez doses precisa ser usado em até seis horas, sob o risco de perder a validade. Como nesta fase somente profissionais de saúde acima de 60 estão sendo imunizados, sobram doses. (O Dia)
Também no Rio, o diretor do Hospital de Bonsucesso, Edson Joaquim Santana, foi exonerado após uma queda de energia no domingo ter comprometido a utilização de 720 doses da CoronaVac. As vacinas, que ficaram sem refrigeração, foram levadas para análise a fim de apurar se ainda estão em condições de uso.
Falando em AstraZeneca, a Alemanha recomendou que essa vacina não seja aplicada em maiores de 65 anos. Segundo as autoridades sanitárias, faltam dados sobre a eficácia nessa faixa etária.
E a União Europeia ameaça bloquear exportações da unidade belga da AstraZeneca se os atrasos na entrega de vacinas para o bloco continuarem.
Fonte: Meio
Tags:
Meio