Um presidente, dois impeachments
Pela quarta vez na história, a Câmara dos EUA aprovou a abertura de um processo de impeachment contra um presidente. Passaram antes pelo mesmo rito o corrupto sucessor de Abraham Lincoln, Andrew Johnson, e Bill Clinton, por ter cometido perjúrio ao negar seu caso sexual com uma estagiária. Este é o segundo impeachment de Donald Trump. Foram 232 votos a favor, incluindo dez republicanos. Nunca a abertura de um processo destes incluiu tantos votos do partido do mandatário da nação. 197 parlamentares votaram em defesa de Trump, mas o líder republicano na Câmara não o defendeu. Ele votou em seu favor mas o atacou: “O presidente tem responsabilidade no ataque ao Congresso por uma turba”, afirmou em seu discurso Kevin McCarthy. “Alguns afirmam que os ataques foram feitos por antifa. Não há qualquer prova disto e deveríamos ser os primeiros a dizê-lo.” Seu argumento para votar contra foi de que o mandato está no fim e é hora de promover conciliação nacional, não acirrar o conflito. (NPR)
Impossibilitado de se manifestar pelas redes, Trump apareceu sem citar o impeachment num vídeo que a Casa Branca distribuiu. Em cinco minutos, e pela primeira vez, condenou o ataque e pediu fim da violência. “A incursão no Capitólio atingiu o coração da República”, afirmou. “Deu raiva e chocou milhões de americanos em todo espectro político. A violência e o vandalismo não têm lugar em nosso país. Se você atua desta forma, não está apoiando nosso movimento. Você está o atacando e está atacando nosso país.” Assista.
Aliás... O Congresso iniciou uma investigação delicada. Há suspeita de que, na véspera do ataque, pelo menos um parlamentar pode ter autorizado um tour de reconhecimento do Capitólio por atacantes. (Politico)
Fonte: Meio
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