Fóssil de dinossauro é “revelado” pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Imagem: Rodrigo Temp Müller/Cappa

O fóssil, que foi exposto pelas enchentes, tem cerca de 233 milhões de anos, sendo um dos dinossauros mais antigos do mundo.

As mesmas águas que causaram destruição e mortes no Rio Grande do Sul também foram responsáveis pela localização de um novo fóssil de dinossauro no estado. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Eles encontraram o material parcialmente exposto no interior de São João do Polêsine, na Região Central do estado gaúcho.

Um dos dinossauros mais antigos do mundo
Segundo a equipe, o achado está relacionado às chuvas que provocaram enchentes históricas no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. O fóssil tem cerca de 233 milhões de anos, sendo um dos dinossauros mais antigos do mundo.

As escavações duraram quatro dias e ocorreram no final de maio. O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da universidade coordena os estudos.

"Vão ser justamente esses fósseis que ajudarão a gente a entender a origem dos dinossauros. E esse aí é um deles, ele vai ajudar, certamente, a gente a entender um pouco mais sobre esse momento, porque ele está entre os dinossauros mais antigos do mundo", diz Rodrigo Temp Müller, paleontólogo que liderou os trabalhos.

Fóssil de dinossauro encontrado no Rio Grande do Sul (Imagem: Rodrigo Temp Müller/Cappa)

Após extraírem a rocha com o fóssil, os pesquisadores identificaram que se tratava de um dinossauro quase completo, com cerca de 2,5 metros de comprimento. A região onde ele foi encontrado está associada ao período Triássico, quando o ecossistema da Terra se recuperava de uma extinção massiva.

As características de alguns ossos fossilizados revelam que o material pertence a um dinossauro carnívoro do grupo chamado de Herrerasauridae (conhecidos no Brasil e Argentina). Pelo que se pode observar, o espécime representa o segundo herrerassaurídeo mais completo do mundo já descoberto.Rodrigo Temp Müller, paleontólogo que liderou os trabalhos

A equipe também quer investigar se o exemplar encontrado já é conhecido ou se é uma nova espécie dinossauro. Essa etapa deve ser finalizada ainda este ano.

Fonte: Olhar Digital