Abapa atua na preservação do Cerrado e na gestão eficiente do Aquífero Urucuia
Com o propósito de fortalecer a governança das águas e promover o uso sustentável dos recursos hídricos do Aquífero Urucuia, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) participou do 1º Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas do Oeste da Bahia, realizado no dia 29 de outubro, na Câmara Municipal de São Desidério.
O evento reuniu representantes dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio Grande (CBH Grande) e do Rio Corrente (CBH Corrente), além de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, em um esforço conjunto para ampliar o diálogo e promover uma gestão compartilhada e eficiente da água — essencial para o desenvolvimento das comunidades e a preservação dos ecossistemas do Cerrado, bioma reconhecido como o “berço das águas”.
“A Abapa reafirmou o compromisso de conciliar produtividade agrícola e conservação ambiental, eixo que sustenta sua atuação em sustentabilidade. A iniciativa reflete o esforço do setor em promover práticas responsáveis, garantindo a preservação das águas e do Cerrado, ao mesmo tempo em que impulsiona o desenvolvimento regional”, destacou o analista de sustentabilidade da Abapa, Wallas Calazans.
Entre os temas abordados estiveram governança, monitoramento hídrico e aplicação dos planos de recursos das bacias, além da apresentação do Programa de Monitoramento Hídrico do Oeste da Bahia, que utiliza informações técnicas para orientar decisões estratégicas sobre o uso e a conservação da água.
O sistema de monitoramento conta com estações subterrâneas e telemétricas instaladas sobre o Aquífero Urucuia, que se estende por cerca de 120 mil km² e tem papel crucial na manutenção de rios e nascentes durante o período de estiagem. Na Bahia, onde está cerca de 80% de sua área, a região conhecida como Chapadão do Urucuia é estratégica para o abastecimento das principais bacias hidrográficas, como a do Rio São Francisco.
Para Calazans, o monitoramento é uma ferramenta essencial para decisões assertivas na gestão hídrica. “Com base em dados concretos, é possível compreender melhor a qualidade e a disponibilidade das águas, tornando a governança mais eficaz e participativa”, disse.
No dia 30 de outubro, os participantes do encontro irão realizarar uma visita técnica ao Parque Municipal Lagoa Azul, em São Desidério — um dos principais cartões-postais da região —, para conhecer iniciativas locais de conservação ambiental e uso responsável dos recursos naturais.
Bacia do Rio de Janeiro
Em 28 de outubro, a Abapa participou da reunião do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio de Janeiro, em Luís Eduardo Magalhães. O encontro discutiu temas estratégicos para o fortalecimento da governança ambiental e a gestão dos recursos hídricos no Oeste da Bahia.
O relatório de compensação ambiental da Fazenda Agrifirma, apresentado após a quarta oficina técnica, e a análise do professor José Domingos, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), sobre os laudos de efluentes da estação de tratamento sanitário da Embasa no município, estavam entre os assuntos da pauta.
De acordo com a coordenadora de Sustentabilidade da Abapa, Yanna Costa, a presença da entidade reforça a importância de uma abordagem técnica e colaborativa entre o setor produtivo, o poder público e a academia.
“A sustentabilidade nasce do diálogo e do conhecimento. Quando produtores, pesquisadores e gestores públicos se unem, todos ganham — o meio ambiente, a comunidade e o campo”, destacou.
A atuação da Abapa junto à APA da Bacia do Rio de Janeiro contribui diretamente para o fortalecimento da gestão ambiental regional e amplia os benefícios para famílias, produtores e comunidades que dependem dos recursos hídricos da região.
Fonte: ABAPA
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